Altitude? Talvez.

Depois da ótima notícia da volta do Love ao Flamengo e do enfim acerto com o zagueiro Marcos González, a crise deu uma fugidinha e o foco ficou na enfim estreia na Libertadores, ainda na primeira fase para conquistar uma vaga na fase de grupos.

Jogando numa altitude de mais de 4 mil metros, Flamengo iria tentar um bom resultado diante do Real Potosí na Bolívia, mas sem esse papo de jogar fora de casa, até porque o que não faltou foi torcida do Flamengo, talvez só faltou um pouco de inteligência...

Primeiro tempo e a altitude já dava sinais de vida. Na velocidade da bola, nos piques e consequentemente na respiração ofegante de alguns jogadores. Tava na cara que a tarefa não seria fácil. E não foi.

Errando muitos passes, Flamengo não tinha criatividade no meio de campo, já que Luxa inventou de colocar 4 volantes no jogo onde qualquer bola é importante, mas enfim... Flamengo tentava se segurar do jeito que dava e apesar da quantidade de erros de passe, às vezes chegava bem na área do Potosí.

Potosí era quem tinha as melhores oportunidades no jogo, mas Felipe tava sempre ligado e fazendo ótimas defesas. Mesmo sem tomar conta do jogo e jogar tão bem, o ataque foi mais trabalhado e depois de dois dribles lindos do Léo Moura no adversário, deixou Luiz Antonio na cara e só empurrou pro gol. Marcando além do primeiro gol do jogo, o primeiro gol dele com a camisa rubro-negra.

Comemorar? Por pouco tempo. Numa bobeada da zaga que ficou parada, Willians não segurou e Centurión empurrou pra rede, empate dos caras. E sem muito brilho, fim de primeiro tempo empatado e com observação na quantidade de finalizações dos times. Potosí: 11 e Flamengo: 4. Nada bom.

No início do segundo tempo, enquanto eu vi aqui muitos pedindo a saída do Renato para dar lugar ao Bottinelli, não aconteceu. O ataque continuava não funcionando e a defesa cada vez mais perdida, Léo Moura ainda arriscava algumas arrancadas pela direita, mas não dava em nada.

Potosí dominava o jogo e numa falha grotesca de David Braz que ficou marcando a bola, Brittes marca o gol da virada, para desespero da Nação Rubro-Negra.

Negueba e Bottinelli entram no jogo para darem mais movimentação e velocidade no ataque, mas a missão falhou e a culpa caiu sobre Luxemburgo, que além de demorar na substituição, tirou quem não devia, e deixou em campo quem só atrapalhou né Renato!?

Potosí seguiu melhor e viu Flamengo só esperar o apito final. Real Potosí 2x1 Flamengo.

Agora o jogo é quarta-feira e peço que a Nação Rubro-Negra não só compareça ao estádio, mas que apoie o time. Sabemos que temos condições de vencer e vencer bem. Essa Libertadores ainda não vai acabar pra gente. O sonho continua vivo, e eu acredito. SRN